Vice-presidente de Symantec: O Antivírus “Morreu”



Questiona-se: quão efetivos são os programas antivírus para proteger seus sistemas? Parece ser que não o são, se nos deixamos guiar pela opinião de Brian Dye, Vice-presidente de Symantec. O alto executivo da empresa declarou em uma recente entrevista ao Wall Street Journal que a Symantec, primeira companhia a comercializar soluções antivírus há mais de 20 (vinte) anos e reconhecida mundialmente por seu programa “Norton AntiVirus”, decidiu aplicar um novo enfoque no combate ao crime cibernético. 

Symantec agora começará a focar-se em minimizar os danos causados pelas intrusões, identificar os atacantes e em reconhecer de que maneira os ataques funcionam. Ao invés de combater as ameaças com programas de antivírus, que efetivamente somente podem encontrar ameaças previamente reconhecidas em suas listas negras, este novo enfoque tratará de não somente apagar o software malicioso previamente reconhecido, senão também de entender o processo de ação do malware para minimizar o dano que ocasiona e compreender como foi ocasionado. Desta forma, permitirá a correção da falha evitando que algum outro malware que atue de forma similar possa causar dano.
Antigamente, as organizações somente tinham que se preocupar com proteger-se de malware distribuído amplamente e que não mudava de formato ao infetar novos sistemas. Este tipo de malware podia ser capturado facilmente. Ao criar uma assinatura digital do malware em qualquer ponto de infecção de qualquer organização, os antivírus e outras ferramentas tradicionais de segurança podiam usar essa assinatura para encontrar o malware em todos os dispositivos de todas as organizações. Os antivírus capturavam este tipo de malware com facilidade. 

Atualmente, a situação não é a mesma. Os ataques atuais são direcionados. Ferramentas que facilitam a criação de malware como Metasploit e Zeus têm possibilitado que qualquer pessoa com um pouco de habilidade técnica possa desenvolver malware novo e desconhecido em massa. Em vez de tentar infetar um grande número de organizações, este novo malware está concebido para atacar vulnerabilidades particulares a um setor ou a uma só organização. Além disto, o novo malware muda cada vez que infeta um dispositivo novo. Este polimorfismo impede que se possa criar uma assinatura digital do malware. Quanto mais direcionado o ataque, menor é a possibilidade de que ferramentas tradicionais de segurança como os antivírus identifiquem ao código desconhecido como código malicioso. 

Na mesma entrevista, Dye considerou que os programas de antivírus somente são capazes de encontrar 45% dos ataques conduzidos. Esta cifra pode ser considerada conservadora. Em 2012, a companhia de segurança de dados Imperva lançou um polêmico estudo, o qual demonstrava que apenas 5% dos ataques de malware podiam ser contidos com soluções antivírus. FireEye, outra empresa do setor, exibiu o resultado no qual 70% das amostras de malware em seus sistemas existem uma só vez. Contudo, a empresa Sophosconsiderou em outro estudo que 75% dos ataques realizados são produtos de malware polimórfico. Tanto o malware que existe uma vez somente, como o malware polimórfico não podem ser identificados com programas que funcionam mediante listas negras, tais como os antivírus. 

Estas cifras não são surpreendentes, porque cada vez que um novo método de defesa é criado pelas ferramentas de segurança, os autores de malware ou os empregados mal intencionados têm desenvolvido novos métodos para evadi-los. Por exemplo, muitas companhias de antivírus começaram a usar um sandbox para verificar o comportamento dos programas. Infelizmente, o malware avançado comumente pode detectar que está dentro de um sandbox e modificar seu comportamento para não levantar suspeitas. Além disto, os empregados desonestos têm começado a usar arquivos compostos, criptografia e outros métodos que dificultam ainda mais a detecção das suas atividades.

A pouca efetividade dos programas antivírus não é nenhuma novidade para a indústria da segurança informática. A maioria das empresas do setor chegou a esta conclusão há anos. Outras companhias tradicionais na criação de programas antivírus como McAfee, já seguiram o mesmo caminho. Segundo Michael Fey, Chefe de Tecnologias em McAfee, o período necessário para criar a tecnologia que deseja oferecer Symantec demora de dois a três anos.“Eles [Symantec] não fazem parte do grupo de líderes de opinião no setor há um bom tempo”, declarou. 

Em Guidance Software sempre seguimos este “novo enfoque”. Os produtos EnCase, com soluções como EnCase Cybersecurity e EnCase Analytics, pretendem minimizar o prejuízo que provoca um ataque , reconhecer seu método de ação e seu perpetrador mediante a visibilidade completa da atividade dos dispositivos e a possibilidade de remediação remota de qualquer atividade fora do comum. Além disso, nossos programas podem ser integrados a plataformas de segurança como antivírus, IPS, IDS, firewalls de última geração e outros, multiplicando a efetividade de sua plataforma de segurança atual e encontrando ameaças que outras ferramentas de segurança IT poderiam ignorar. 

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