Art Coviello no RSA: É O Momento de que Todos Participemos com Ações às Ameaças Cibernéticas e à Privacidade




O chefe de RSA, Art Coviello abrangeu assuntos fundamentais em uma conferência de suma importância do RSA esta semana. Fato é que havia tanto para dizer que discursou de forma inusual, nada rotineira, e foi direto ao ponto: o envolvimento de sua organização com a NSA, a urgência de um panorama de ameaças cibernéticas e como todos deveríamos estar fazendo muito, muito mais, para colaborar a fim de conseguir uma comunidade segura.

Coviello começou sua conferência primeiramente abordando um problema direto ao negar alegações de que sua empresa havia recebido dez (10) milhões de dólares da NSA para criar uma “porta traseira” dentro de seu software e enfatizou que seus projetos conjuntos jamais foram secretos. Ele disse que, como outras organizações comerciais que trabalham conjuntamente com o governo, a RSA usou o algoritmo de encriptação (defeituoso) que nomearam de maneira que consiga cumprir seus requerimentos de certificação; logo o tiraram quando a NIST disse que deveriam fazê-lo. Também passou alguns minutos discutindo a dualidade da natureza da NSA, a diferença entre seus dois motivos de reunião de inteligência (ofensa) e da segurança da informação (defesa), reiterando o chamado para dividi-las em duas agências distintas.

Quatro chamadas críticas à ação 

A maior parte da conferência fundamental de Coviello, entretanto, focou-se no fato de que todos os que trabalham em questões de segurança, como corporações, agências ou companhias de tecnologia, devem ser partícipes e começar a colaborar. (Algo que em Guidance Software também estivemos reiterando por um tempo.) Essencialmente, Coviello disse que estamos falhando como indústria e como sociedade, mediante nossa falta de ação frente a esses problemas. Posteriormente, expôs quatro (4) metas ambiciosas para trabalhar em função a elas.

#1 – Vetar as armas cibernéticas:Temos que pensar nelas e na escala de armas de destruição massiva, argumentou Coviello. Porque as armas cibernéticas têm impacto que vai mais além das pessoas e as organizações nas quais sua informação está sendo observada (por exemplo, ao migrar ao exterior e fornecer um atalho ou “template” para desenvolvedores de malware), governos  ao redor do  mundo deveriam conferir e colaborar. Somente em um foro como este, disse, pode uma “regra de lei” ser criada para proteção doque se converterá em uma série de ataques desastrosos e de grande alcance.

#2 – Cooperar em investigação e ajuizamento: Se somos os hackers de “chapéis brancos”, temos que proteger mais que a nossa própria organização: devemos ajudar às forças policiais a ajuizar  aos criminais cibernéticos. Isto envolverá tratados entre nações como aqueles desenvolvidos para tratar as ameaças nucleares, como também leis e processos relacionados à extradição e perseguição de criminosos cibernéticos além-fronteira.

#3 – Salvaguardar os direitos da propriedade intelectual e apoiar o e-commerce: Todas as pessoas se beneficiarão se lograrmos trabalhar em conjunto para fazer o e-commerce a inovaçãomais segura para pessoas e organizações relacionadas. “A regra de lei deve mandar”, argumenta Coviello.

#4 – Assegurar a privacidade de todos os indivíduos: Identificar informação pessoal é a nova “língua franca”, cada vez a mais crescente moeda literal da idade moderna. As liberdades fundamentais devem ser protegidas, mas a liberdade sempre vem ligada à responsabilidade. Enquanto os líderes nas agências de governo dos Estados Unidos clamam com frequência que apreciariam a liderança neste assunto tão complexo de parte da indústria, Coviello disse que eles têm a responsabilidade de criar e reforçar um balanço e “um balanço está baseado em um modelo de governança justo e transparente”.

Em 2014, todos proclamam que a ameaça cibernética é real. Meu temor, no entanto, é que tomará outra dúzia de hacks destinados (ou mais) antes que estejamos preparados como sociedade para tomar uma atitude definitiva. A boa notícia é que o nível de consciência está mais alto que nunca e creio que estamos a ponto de “apertar o gatilho”.

Jason Frederickson é o Diretor Sênior de Desenvolvimento de Aplicações Empresariais em Guidance Software. Leia o artigo original em inglês neste link: Art Coviello at RSA: Time for All of Us to Step Up on Cyber Threats and Privacy

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